"Assim como o comércio, que cresceu menos em 2013 em relação à taxa apresentada em 2012, os serviços também. A partir do momento em que essas variáveis básicas para o comportamento do consumo regridem, em termos de crescimento, certamente isso vai influenciar o desempenho desses setores", explicou Nilo Lopes, técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.
O segmento transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio acumulou o maior crescimento entre os serviços em 2013, com avanço de 10,8%. Os destaques foram as atividades de transportes aquaviário (18,0%) e aéreo (16,8%).
Já os serviços prestados às famílias acumularam alta de 10,2% no ano passado, com os serviços de alojamento e alimentação crescendo 10,6%. Os serviços profissionais, administrativos e complementares tiveram aumento de 8,1% em 2013. Os serviços de informação e comunicação subiram 6,9%, e o segmento de outros serviços registrou expansão de 5,9%.
Dezembro
Em dezembro do ano passado, ante igual mês de 2012, a alta foi de 8,4%. A receita nominal dos serviços prestados às famílias teve expansão de 9,5% em dezembro de 2013 em relação a dezembro de 2012. Já os serviços de informação e comunicação aumentaram 7,0% no período, enquanto os serviços profissionais, administrativos e complementares subiram 6,7%. Os transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio verificaram alta de 11,5% em dezembro, e a categoria de outros serviços teve crescimento nominal de 6,7%.
A pesquisa
A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) foi lançada em agosto, com série histórica desde janeiro de 2012. Ela produz índices nominais de receita bruta, separados por atividades e com detalhes para alguns Estados, divididos em três tipos principais: o índice do mês frente a igual mês do ano anterior; o índice acumulado no ano; e o índice acumulado em 12 meses.
Ainda não há divulgação de dados com ajuste sazonal (mês contra mês imediatamente anterior), pois, segundo o IBGE, a dessazonalização requer a existência de uma série histórica de aproximadamente quatro anos.
Dados do IBGE quanto aos Estados
Em dezembro, quatro estados apresentaram variação negativa
Regionalmente, ocorreram variações nominais negativas no mês de dezembro em Roraima (-4,9%), Amapá (-4,0%), Sergipe (-3,7%) e Mato Grosso (-1,1%). As menores taxas positivas foram no Maranhão (1,3%), Bahia (2,4%), Alagoas e Espírito Santo (ambas com 3,3%). As maiores taxas de crescimento foram no Distrito Federal (25,1%), Santa Catarina (12,6%) e Rondônia (12,5%). Goiás (11,4%) e Tocantins (10,7%) também tiveram taxas expressivas.
Em relação à composição do índice de serviços por unidades da federação, São Paulo registrou 52,7% de contribuição relativa e 4,4 p.p. de contribuição absoluta, seguido do Rio de Janeiro, com 10,3% e 0,9 p.p., e Distrito Federal, com 7,5% e 0,6 p.p.
No segmento serviços prestados às famílias, as maiores taxas foram em Pernambuco (22,6%), Ceará (15,2%) e Paraná (12,8%). As menores taxas positivas ocorreram no Espírito Santo (2,8%), Minas Gerais (3,6%) e Santa Catarina (6,9%). Foram registradas variações nominais negativas no Rio Grande do Sul (-4,5%) e no Distrito Federal (-1,5%).
Nos serviços de informação e comunicação, Goiás teve a maior taxa (22,9%), seguido de Santa Catarina (11,6%) e Distrito Federal (11,5%). As menores taxas positivas foram em Pernambuco (0,2%), Paraná (5,3%) e São Paulo (8,9%). Ocorreram variações negativas na Bahia (-4,7%), Ceará (-4,1%), Espírito Santo (-3,1%) e Minas Gerais (-1,4%).
Nos serviços profissionais, administrativos e complementares, o Distrito Federal mostrou a maior taxa de crescimento (21,7%), seguido do Ceará (14,5%) e São Paulo (13,8%). As menores variações positivas foram na Bahia (1,8%), Espírito Santo (2,7%) e Minas Gerais (5,0%). Ocorreram variações negativas no Rio Grande do Sul (-5,4%) e Goiás (-1,0%).
No segmento transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, Distrito Federal (48,4%), Santa Catarina (16,5%) e São Paulo (13,8%) tiveram as maiores variações em relação ao mesmo mês do ano anterior. As menores foram registradas no Ceará e Espírito Santo (ambas com 2,7%), Goiás (4,5%) e Pernambuco (5,3%).
No segmento outros serviços, os maiores crescimentos foram no Distrito Federal (70,7%), Pernambuco (22,5%) e Paraná (19,1%). As menores taxas positivas ocorreram na Bahia (2,5%), São Paulo (8,7%) e Ceará (9,7%). Rio de Janeiro teve variação negativa de -13,3%.
Mato Grosso teve o maior crescimento da receita dos serviços em 2013
Em 2013, Mato Grosso (20,4%), Distrito Federal (15,7%) e Ceará e Tocantins (ambas com 13,0%) tiveram as maiores taxas de crescimento no indicador acumulado no ano. As menores taxas foram registradas em Sergipe (3,0%), Piauí (3,4%) e Amapá (4,4%).
Nos serviços prestados às famílias, as maiores taxas de crescimento acumulado ocorreram no Ceará (17,1%), Goiás (14,7%) e São Paulo (12,6%). Distrito Federal (4,6%), Rio Grande Do Sul (5,8%) e Pernambuco (6,3%) registraram as menores taxas acumuladas.
Nos serviços de informação e comunicação, Distrito Federal (11,3%), Goiás (10,4%) e Santa Catarina (10,0%) tiveram as maiores taxas de crescimento. As menores taxas acumuladas foram em Minas Gerais (3,3%), Espírito Santo (3,4%) e Bahia (3,8%).
Nos serviços profissionais, administrativos e complementares, Ceará mostrou a maior taxa de crescimento (19,8%), seguido de Bahia (15,4%) e Distrito Federal (15,3%). As menores variações positivas foram no Paraná (3,7%), Santa Catarina (5,3%) e Goiás (6,0%). Rio Grande do Sul (-6,2%) e Pernambuco (-0,5%) registraram variações acumuladas negativas.
No segmento de transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, Distrito Federal (16,8%), Santa Catarina (16,0%) e Pernambuco (13,1%) mostraram as maiores taxas de crescimento. As menores taxas ocorreram no Espírito Santo (5,4%), Minas Gerais (7,1%) e Rio de Janeiro (7,8%).
No segmento outros serviços, os maiores crescimentos acumulados foram no Distrito Federal (45,3%), Goiás (23,3%) e Santa Catarina (12,2%). As menores taxas positivas ocorreram no Paraná (4,1%), Minas Gerais (5,1%) e Pernambuco (5,9%). Rio de Janeiro apresentou variação acumulada negativa de -4,8%.
Fonte: Agência Estado/IBGE, 19 de fevereiro de 2014