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Em breve, não serão só os marronzinhos que estenderão "mãozinhas" para facilitar a travessia de pedestres. Uma versão em miniatura do sinalizador usado pelos agentes da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) já aparece em algumas lojas da rua 25 de Março, no centro de São Paulo. "Em alguns momentos, estender a mão não é suficiente", diz o fabricante do produto, Robson Zeger. Ele afirma que produzirá 50 mil mãozinhas, que serão vendidas por cerca de R$ 6. Quem já viu o produto acha que é um brinquedo. Um aviso impresso na peça, no entanto, desmente essa primeira impressão, segundo a Folha de S. Paulo. "Compraria para brincar com a minha filha. Mas, para mim, nem pensar. Imagine ver sair isso da bolsa de uma mulher", afirma a professora Ana Paula Boarati.
Sindicato manda marronzinho não multar
O sindicato que representa os marronzinhos da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) ameaçou adotar dia 17 de agosto na capital paulista uma operação batizada extraoficialmente de "multa zero". Ele passou a orientar os agentes de trânsito para que evitem punir os motoristas na cidade, com exceção dos casos considerados graves. Ou seja, um tipo de campanha para reduzir a aplicação de multas a infratores. A estratégia é pressionar a CET na campanha salarial da categoria. Ela foi aprovada pelos trabalhadores no dia 10, na mesma semana em que a companhia passou a aplicar multas por desrespeito a pedestres no centro. O secretário-geral do Sindviários, Alfredo Coletti, afirma que a "operação educação", pela qual os agentes foram orientados a abordar os infratores, mas evitando aplicar multas, foi iniciada no fim da semana passada. O sindicato diz ter havido uma queda próxima de 60% no total de autuações em algumas regiões - como em partes das zonas leste e sul.
Desrespeito de pedestres à faixa é comum
Pressa, preguiça e hábito. Essas são algumas das causas alegadas por pedestres para não atravessar na faixa nem esperar que o sinal específico fique verde. O desrespeito é generalizado. A reportagem flagrou pessoas disputando espaço com carros em 11 cruzamentos da região central, área onde é feita a operação pedestre, com fiscalização maior de motoristas. Agentes da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) dizem que muitos pedestres não aceitam recomendação para cruzar na faixa nem sugestão de fazer o gesto da "mãozinha" para atravessar. "Os pedestres respeitam menos porque não levam multa", diz um marronzinho. No entanto, mesmo quando quem está a pé comete o erro, cabe ao motorista respeitar a sua prioridade e estar sempre atento.
Atropelamento cai na segunda semana do mês
O número de atropelamentos na capital caiu na segunda semana de agosto, após o início da operação pedestre, segundo dados do Corpo de Bombeiros. Nos primeiros sete dias do mês, foram 713 ocorrências, ante 689 entre os dias 8 e 14. Nos dois meses anteriores foram registrados mais casos na segunda semana. Em junho, foram 624 atropelamentos nos primeiros sete dias, ante 989 na semana seguinte. Em julho, foram 636 ante 891. Na última sexta, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) divulgou que o número de atropelamentos em 35 cruzamentos caiu 64% em comparação com 2010. A CET diz que o trabalho educacional tem sido "intensivo". A atenção à conscientização dos pedestres será ampliada nos próximos dias, afirma.
Fonte: Folha de S. Paulo, 17 de agosto de 2011

Categoria: Geral


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