Além disso, segundo ele, a demanda voltou a crescer após as férias do meio do ano - quando o uso da rede naturalmente diminui -, período em que o sistema não sofreu todo o reflexo da ampliação do horário da Linha 4 até as 21h, no fim de junho. Antes, o ramal funcionava apenas até as 15h, o que não abrangia o horário de pico da tarde.
O recorde anterior havia sido registrado no dia 8 de outubro de 2010, também uma sexta-feira, véspera do fim de semana prolongado do Dia da Criança. Na ocasião, segundo o Metrô, 3,91 milhões de passageiros foram transportados nas quatro linhas gerenciadas pelo Metrô (Linhas 1, 2, 3 e 5).
Naquela época, a Linha 4-Amarela, com uma extensão menor do que a atual e operando só até o meio da tarde, transportava relativamente poucos usuários, não causando tanto impacto no restante da rede. Por isso, o número de passageiros não foi levado em conta.
Queixas
Quem anda todo dia de metrô está descontente com a falta de conforto. "No começo da manhã e no fim da tarde é muito aperto para conseguir entrar no vagão. E o trem está parando muito entre as estações, deixando a viagem lenta", diz a bancária Paola da Glória Barros, que diariamente usa a Linha 3-vermelha.
Alguns trechos das linhas 1-Azul e 3-Vermelha chegam a ter oito pessoas por metro quadrado no interior dos trens nos horários de pico, limite considerado aceitável pelo próprio Metrô. Na Linha 2-Verde, entre as Estações Paraíso e Brigadeiro, em alguns momentos do dia a lotação é de 7,2 passageiros por metro quadrado.
Segundo o Metrô, a situação deve melhorar a partir do fim do ano na Linha 2, quando um novo sistema de sinalização e operação de trens, o CBTC, entrar em operação. Ele possibilitará um intervalo menor entre as composições, deixando as estações menos lotadas nas horas do rush. Essa inovação será levada para as Linhas 1 e 3 no segundo semestre do ano que vem.
Fonte: Jornal da Tarde (SP), 18 de agosto de 2011