Neival Rodrigues Freitas, diretor-executivo da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), afirma que o valor do prêmio é determinado por variáveis como preço do bem, região de circulação do veículo e, principalmente, perfil do cliente. "É fundamental dizer a verdade. Não adianta mentir ao preencher a proposta pensando em economizar."
Para ele, uma solução simples e que surte resultado imediato é a instalação de um rastreador. "Algumas seguradoras fornecem o equipamento, o que garante bons descontos no prêmio."
Pedro Pimenta, superintendente de Automóvel da Allianz Seguros, diz que a fidelidade a uma mesma empresa também pode trazer inúmeros benefícios. "Quanto mais tempo você contrata a mesma empresa, menor será o valor da sua apólice."
Outra dica de Pimenta é tentar andar pouco com o carro. "Quanto mais o bem fica exposto, mais caro será o seguro. Parar em estacionamentos também faz diferença. Carro que não fica na rua pode pagar até 30% menos de prêmio."
Ele explica que o cliente também precisa analisar sua relação de risco. "Quanto menor a franquia, maior será o prêmio. No caso das reduzidas (o segurado opta por pagar só 50% da franquia), por exemplo, há um acréscimo de 20% no valor do seguro".
Já Marcelo Sebastião, diretor do Produto Auto da Porto Seguro, diz que é possível reduzir o valor do prêmio ao aproveitar alguns incentivos oferecidos pelas próprias seguradoras, como descontos em revisões. "Além de economizar na hora do check-up, o cliente pode receber bônus na renovação porque manteve o carro em ordem."
Vagner Renato Silva, gerente da Calseg Consultora de Seguros, corretora que trabalha com 14 seguradoras, lembra que pechinchar nunca sai de moda. "Pesquisar é a alma do negócio. A diferença entre as seguradoras é grande e o da comissão dos corretores também."
Os dez mandamentos, em curto e médio prazos:
* Preferir os estacionamentos. De acordo com as seguradoras, veículos que "dormem" em garagens e não ficam na rua pagam até 30% menos de prêmio
* Ser fiel, mas nem tanto. É comum as empresas darem bônus ao longo dos anos. Mas também é importante conferir as ofertas de outras empresas
* Dirijir o mínimo possível. O preço do prêmio varia de acordo com o tempo de uso do veículo. Quanto mais exposto a riscos ele ficar, mais caro será o seguro. Se possível, optar por pegar carona ou utilizar o transporte público
* Manter a revisão em dia. Aproveitar os incentivos que as seguradoras dão em oficinas e empresas conveniadas
* Analisar a relação de risco. Escolher a franquia que mais combina com o perfil. Outra dica: quanto mais serviços forem contratados, mais caro será o seguro. Optar apenas pelos que são realmente necessários
* Prevenir-se sempre. Alarmes, travas e vacinas antifurto são bem-vindos, mas nenhum reduz tanto o preço do seguro quanto os rastreadores
* Não instalar o kit de GNV. Apesar de gerar boa economia de combustível, o kit gás aumenta o risco de o veículo ser furtado
* Se possível, não incluir condutores com idade igual ou inferior a 25 anos na apólice. Isso encarece o preço do seguro
* Seguro deve ser no nome dela. Entre os casais que têm só um carro e o utilizam conjuntamente, o melhor é a apólice ficar no nome da mulher, que paga menos
* Pesquisar, pesquisar e pesquisar. Comparar os preços em várias companhias e consultar mais de um corretor.
Fonte: Jornal da Tarde, 12 de setembro de 2008