Sob a superfície de tecido há armações de metal que se movem por meio de dispositivos eletrohidráulicos. Eles permitem que os faróis fiquem escondidos, escamoteados como se o carro tivesse pálpebras. Isso, segundo Bangle, dá ao carro um aspecto humano que seria difícil obter de qualquer outro jeito.
Além da elegância das linhas e dos movimentos que a carroceria executa, o uso de tecido, por mais absurdo que possa parecer, também traz o benefício de um peso baixíssimo. Pode haver quem questione sobre segurança, durabilidade etc., mas o GINA não se prestará a isso. Ele já tem um lugar reservado no Museu da BMW, em Munique, e de lá só deve sair para se apresentar em salões.
Nada impede que as idéias que ele apresentou sejam usadas, de modo limitado ou extensivo, em modelos futuros. O desenvolvimento de tecidos especiais, de estruturas mais leves, de motores menores, airbags especiais etc. bem pode tornar a construção de um carro de tecido possível. Afinal, com a crise do petróleo, chegou a hora de pensar em novos conceitos de mobilidade. Vestir o carro, no caso do GINA, pode deixar de ser mera figura de linguagem. Seu estilo deverá estar presente em outros modelos da marca. Assim, ao menos uma parte dele chegará às ruas.
Fonte: site WebMotors, 10 de agosto de 2008