A piora atingiu 7 dos 10 corredores no período da manhã e 8 deles à tarde.
Em seis corredores a velocidade ficou abaixo da considerada razoável por especialistas, 13 km/h, no rush da manhã ou da tarde.
A velocidade dentro dos corredores ficou 6,3% inferior à média imprimida pelos ônibus em toda a cidade no ano passado - incluindo os ônibus que transitam junto com os demais veículos.
Pesquisas em anos anteriores apontavam relação inversa: os ônibus circulavam mais rápido nos corredores.
Curral
Para especialistas, essa lentidão pode ser explicada por fatores como a falta de áreas para ultrapassagem.
"O corredor deveria estar acelerando os ônibus, mas ele se tornou um grande curral de confinamento", diz Horácio Figueira, mestre em transportes pela USP.
Ele sugere que a ultrapassagem por fora da faixa exclusiva seja liberada.
Outros gargalos citados por especialistas são a falta de semáforos inteligentes - que reduzem o período de sinal vermelho de acordo com o fluxo da via -, o uso dos corredores por táxis e o sistema de cobrança dos ônibus, que aumenta o tempo de parada dos veículos nos pontos.
A morosidade atinge todos os corredores, mas é mais sentida no Santo Amaro, onde a velocidade caiu pela metade. O motivo nesse caso foram as obras da linha 5 do metrô, que começaram em setembro.
Fonte: Folha de S. Paulo, 16 de março de 2013