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A estrada do Lajeado Velho, avenida com pouco mais de um quilômetro em Guaianases, periferia da zona leste de São Paulo, tem sofrido um problema antes típico do centro expandido: o trânsito. Estreita e com asfalto irregular, a via é um exemplo das filas que moradores de áreas periféricas começaram a enfrentar nos últimos anos. "Agora todo mundo aqui tem carro. Piorou muito", diz o consultor de vendas Ricardo Celso, após estacionar seu Palio na frente de uma loja de eletrodomésticos.
Ele conta que costumava demorar menos de dez minutos para atravessar a avenida. Hoje, leva 40 minutos.
A Lajeado Velho ganhou em uma década um comércio agitado: agência bancária, lojas de departamento (3), supermercados (2), concessionária de veículos (2), lojas de roupas (5), entre outros.
Com crédito fácil e financiamentos longos, moradores dessas regiões tiveram mais acesso a veículos, criando um boom de carros novos.
Nos últimos quatro anos, o Detran emplacou na cidade quase 419 mil carros novos.
A infraestrutura urbana, porém, não acompanhou o ritmo. O trânsito em regiões da periferia não é nem medido pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). O órgão monitora 868 dos 17 mil quilômetros de vias da capital.
"Quanto mais se afasta da região central, mais pobre o sistema viário fica. A Radial Leste, por exemplo, tem muitas faixas perto do centro, mas na periferia vira uma tripinha", diz o especialista em trânsito Sergio Ejzenberg.
O secretário municipal de transportes, Jilmar Tatto, admitiu que os moradores dos extremos estão sofrendo com o trânsito. "Tem um problema sério na periferia. O cara perde às vezes 20 minutos, 30 minutos, no bairro", disse Tatto em entrevista à Folha.
Espera e improviso
Em grandes avenidas da periferia percorridas pela reportagem, os cenários eram parecidos: pistas estreitas, asfalto ruim, sinalização falha e trânsito.
Monitoramento das vias será ampliado, diz CET
A CET anunciou que vai quase quadruplicar o número de vias monitoradas até o final de 2016. A meta é aumentar dos 868 km atuais para 3.304 km.
A ampliação será possível devido ao novo sistema a ser implantado, que deverá fazer o monitoramento de forma eletrônica.
"Vamos usar, por exemplo, tecnologia dos GPS nos ônibus, para ajudar a CET", disse Jilmar Tatto, secretário de Transportes.
Hoje, são priorizados os principais corredores que ligam a região central aos bairros. Essas vias, diz a CET, interferem no trânsito da capital como um todo.
Segundo a companhia, o aumento da medição do trânsito nas periferias está incluído em seus estudos de aprimoramento.
Fonte: Folha de S. Paulo, 18 de março de 2013

Categoria: Geral


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