Somente em fevereiro foram 35 multas. Em comparação, em 2012 e 2013 a média mensal de multas foi de 2.153.
O motivo da queda, diz a CET, foi a tentativa de usar os aparelhos, alugados com o objetivo de flagrar motos acima da velocidade, para fiscalizar todos os tipos de veículo na avenida Paulista.
No fim de outubro, a velocidade máxima da avenida passou de 60 km/h para 50 km/h. A via não tem radares.
Mas os testes naufragaram.
Segundo a CET, as antenas de TV da Paulista causam interferência no sinal do GPS do aparelho, que registra o local da infração. Além disso, o trânsito carregado da avenida dificulta que o agente mantenha o ângulo correto para enxergar o visor do radar e registrar o veículo.
LASER
O radar-pistola funciona com um laser que mede a velocidade do veículo e dispara uma câmera que fotografa a placa do apressadinho.
Com o fracasso dos testes, a CET ainda não definiu como vai fiscalizar a velocidade na Paulista, que não possui radares fixos, diz a empresa, devido às restrições do tombamento de edifícios.
APOSENTADORIA
A baixa eficiência pôs em xeque esses equipamentos, que custam R$ 453 mil por ano aos cofres públicos.
Eles começaram a ser alugados em 2011, para substituir antigos radares móveis.
Com o aumento das mortes de motociclistas, a prioridade passou a ser o combate à impunidade das motos, que escapam dos radares comuns por circularem entre as faixas.
Mas agentes sempre fizeram queixas sobre os radares-pistola, como a dificuldade de enxergar o visor, obter sinal do GPS e carregar seu 1,5 kg.
O contrato de locação vence em agosto, e a tendência, segundo a Folha apurou, é que não seja renovado. Oficialmente, a CET diz que "segue testando a viabilidade do equipamento para decidir se ele será ou não renovado".
A prefeitura prevê arrecadar R$ 1,2 bilhão com multas de trânsito em 2014, 29% a mais do que no ano passado.
Fonte: UOL, 17 de março de 2014