O Plano Diretor é o conjunto de regras urbanísticas que vai orientar o crescimento da cidade, ao menos, pelos próximos dez anos.
É fundamental para a implementação de promessas de campanha de Haddad, como o Arco do Futuro, um pacote de medidas urbanísticas para desenvolver economicamente regiões periféricas e reduzir grandes deslocamentos de trabalhadores.
O adiamento aconteceu no mesmo dia em que o governo sofreu um revés importante.
Com a casa lotada de manifestantes e pressão da oposição, não conseguiu construir quórum para votar o projeto que possibilita o alargamento e alongamento de vias para a construção de corredores de ônibus - o que poderia causar desapropriação de 7.000 imóveis.
A bancada governista também aceitou alterar o projeto que previa corredor de ônibus na Avenida Nossa Senhora do Sabará (zona sul). Moradores e comerciantes alegam que o corredor vai asfixiar economicamente a região.
A principal aposta do Plano Diretor é justamente aumentar o número de pessoas morando perto de corredores e linhas de metrô. Nos miolos dos bairros, os prédios seriam limitados a oito andares, conforme a Folha revelou.
O relator do plano, Nabil Bonduki, afirmou que os parlamentares da Comissão de Política Urbana querem dar sugestões e ler o texto que será apresentado aos demais vereadores semana que vem.
A favor
O professor da FAU-USP Renato Cymbalista afirma que a proposta do Plano Diretor trabalha bem dentro das limitações impostas pela cidade.
Contra
A urbanista Lucila Lacreta, do Instituto Defenda São Paulo, afirma que o projeto da prefeitura não leva em conta a saturação que já acontece nos locais onde se quer incentivar o adensamento.
Fonte: Folha de S. Paulo, 12 de março de 2014