A diminuição de 44% no número de feridos foi registrada tanto no primeiro mês de vigência da lei quanto nos dois meses seguintes. A comparação foi feita pela Secretaria de Estado da Saúde com base no mesmo período do ano passado. Não há informações do número de mortos.
No entanto, nas estradas pedagiadas a quantidade de feridos em acidentes não apresentou grande oscilação. O número de mortes caiu 5% e o de acidentes teve queda de 8%, comparando julho deste ano com o mesmo mês de 2007. A Artesp (agência que fiscaliza as concessões estaduais) não tem dados mais atuais.
Nas estradas federais que cortam o Estado, somados os meses de julho e de agosto, o número de feridos diminuiu 18%; o de mortos, 13%; e o total de acidentes aumentou 12%, de acordo com a PRF.
Especialistas consultados pela reportagem da Folha de São Paulo acreditam que a ingestão de bebidas alcoólicas tem pouco impacto nos índices referentes às estradas. "O alcoolismo não é o maior problema nas rodovias. Os acidentes estão mais ligados a velocidade e imprudência. E sua redução depende mais de outros fatores, como fiscalização e sinalização", afirma o professor de engenharia de tráfego da Universidade de Brasília (UnB) Paulo César Marques.
O número de acidentes nos 21,2 mil km de estradas de São Paulo subiu 3,2% de janeiro a julho, na comparação com o mesmo período do ano passado: de 43.180 para 44.580. O de mortos caiu 2,8%: de 1.315 para 1.278. Houve crescimento também nos acidentes com vítimas (2,3%) e feridos (1,2%), segundo dados da Artesp. Nos 4.800 km de estradas concedidas, os acidentes apresentaram estabilidade, cerca de 21 mil. O índice de mortes caiu 5%, de 455 para 433.
Fonte: Folha de S. Paulo, 19 de setembro de 2008