No trecho que começa na rua Itatiara e sobe a praça Villaboim e a rua Piauí, em Higienópolis (centro), o desafio são os defeitos na pista. Há buracos da largura de um prato - só que bem mais fundos - na praça. Neles, acumulam-se água e bitucas.
Quem pedalar ali terá de enfrentar também os motoristas infratores, que param sobre a ciclovia o tempo todo para desembarcar. A reportagem viu um ser abordado por um agente de trânsito e protestar, alegando não ter alternativa. Seguindo pela rua Piauí, o ciclista deve estar preparado para, de repente, ter de trocar de lado na pista, na praça Buenos Aires, além de fugir de desníveis até 10 cm, formados por recapeamentos. "A ciclovia está feita em um lugar esburacado. A gente pode furar um pneu, cair. Já que vai fazer um negócio novo, por que não tampar os buracos?", disse Pedro Ribeiro, que faz entregas de bicicleta. Já na ciclovia de Perdizes (zona oeste), o maior desafio é a ribanceira da rua João Ramalho, embora os desníveis e os motoristas infratores também atrapalhem.
Sobre os problemas no pavimento, a CET informou que pediu providências. Disse ainda que as vias são escolhidas por características como fluxo de ciclistas e tipo de tráfego. Até o fim de 2015, a gestão Fernando Haddad pretende criar 400 km de pistas para bikes: 58 km já prontos.
Fonte: Folha de S. Paulo, 11 de setembro de 2014