O conturbado início de ano da indústria automotiva vinha sendo amenizado pela esperança de que março sinalizasse recuperação das vendas de veículos. A expectativa, no entanto, foi frustrada pelos dados do Renavam divulgados dia 1º, pela Fenabrave, entidade que representa os distribuidores do setor. Durante o mês, que é tradicionalmente aquecido para os negócios do segmento, foram negociados 234,6 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.
O volume é 2,5% inferior ao de março de 2014 e 26,2% maior do que o registradoem fevereiro. Apesarde soar como o indício de uma recuperação, o crescimento registrado na comparação mensal é justificado apenas pela diferença de dias úteis. Enquanto março somou 22 dias de vendas, fevereiro teve apenas 18, descontando o carnaval e a emenda do feriado na segunda-feira. Desta forma, a média diária de emplacamentos diminuiu 2,7% sobre o mês anterior, para 10,6 mil unidades/dia.
No acumulado de janeiro a março de 2015, as vendas chegaram a 674,4 mil veículos, entre leves e pesados. O número aponta queda de expressivos 17% na comparação com igual intervalo do ano passado. A contração da demanda indica que os negócios precisarão ter melhora significativa nos próximos meses para o resultado de 2015 convergir para a projeção divulgada pela Fenabrave. A entidade trabalha com a expectativa de que as vendas diminuam 10% na comparação com 2014, para cerca de 3,14 milhões de unidades.
Entre os leves a redução nas vendas foi de 16,2% de janeiro a março, para 684,6 mil veículos. Foram negociados 545,8 mil automóveis, segmento que apresentou queda um pouco menor, de 15,9%. Já a demanda por comerciais leves somou 545,8 mil veículos, com redução de 17,6% sobre o início do ano passado.
Fonte: revista Automotive Business, 1º de abril de 2015