Na edição de novembro da revista Archives of Ophthalmology, pesquisadores dizem que a taxa de mortalidade para motoristas dessa faixa etária caiu 17% depois que a lei foi aprovada, embora a taxa geral na Flórida tenha aumentado 6% no mesmo período. A grande pergunta segue sendo por quê, escreve o The New York Times.
"Talvez a razão mais aparente seja que a lei dos exames retirou das ruas os visualmente debilitados", escreveram os pesquisadores, comandados por Gerald McGwin Jr., da Universidade do Alabama, em Birmingham. "Entretanto, a situação é mais complexa."
Para começar, menos de 7% dos motoristas no Estado foram impedidos de renovar suas habilitações graças a problemas na vista. Somente isso já tornaria improvável explicar a queda nas fatalidades.
Mas pode ser que muitos idosos nem mesmo se preocuparam em procurar a renovação por não acreditarem que passariam no teste de vista, dizem os pesquisadores. E também pode ser que outros motoristas com problemas de visão tenham tomado providências para corrigi-los antes de renovar suas carteiras.
Como se não fosse suficientemente peculiar, o estudo anotou que havia poucas evidências de que problemas na vista tinham representatividade nos acidentes com carros, e é possível que a lei da Flórida tenha retirado os motoristas cuidadosos das ruas. Então, se a lei reduziu as mortes, como parece que aconteceu, os especialistas precisam descobrir o motivo.
"A importância da direção para o bem-estar de adultos mais velhos sugere que isolar o verdadeiro mecanismo responsável pelo declínio é verdadeiramente importante", analisa o estudo.
Fonte: jornal The New York Times, 12 de novembro de 2008