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Com dificuldades financeiras, a gestão Fernando Haddad prevê investimentos 27% menores para 2015 (penúltimo ano de seu governo) em comparação com a previsão feita para este ano. Em 2014, a prefeitura enfrenta problemas para incrementar sua receita e, por isso, deve conseguir gastar efetivamente apenas R$ 4,4 bilhões dos R$ 10,7 bilhões previstos para novos projetos.
Entre outros percalços, a administração municipal não conseguiu elevar a arrecadação com o IPTU, cujo aumento foi barrado na Justiça. Por essa razão, a previsão de investimentos para o ano que vem é bem mais modesta, de R$ 7,8 bilhões. O Orçamento foi enviado pelo prefeito para a Câmara Municipal e precisa ser votado até o fim do ano.
"Quanto mais próximo da realidade a gente fizer um Orçamento, melhor. É o que a gente tenta", afirma a secretária municipal de Planejamento, Leda Paulani. Só o valor comprometido com o IPTU, caso a Justiça barre definitivamente o aumento, é de R$ 789 milhões.
Da previsão para investimentos, R$ 4,3 bilhões (56%) são do governo federal. A prefeitura também terá de lidar com novos gastos, entre eles o possível aumento do subsídio ao transporte público, caso decida não elevar a tarifa de ônibus. Em junho de 2013, o aumento desencadeou uma série de protestos, que se espalharam pelo país.
DÍVIDA
Desde que assumiu, o prefeito se queixa de problemas financeiros na cidade. Haddad contava com a aprovação, pelo Congresso Nacional, de um projeto para alterar a fórmula de cálculo da dívida. Se aprovada, a proposta resultaria numa economia estimada de 40% do total devido pelo município (cerca de R$ 60 bilhões).
Intervenções mais baratas, como faixas de ônibus e ciclovias, foram a solução encontrada para tentar driblar a falta de dinheiro.
O Orçamento da cidade de São Paulo para o ano que vem está focado na realização de obras demoradas e de grande porte, como a construção de corredores de ônibus e de moradias populares. Muitas delas, porém, ainda não foram iniciadas e dificilmente serão concluídas até o fim do mandato, em 2016.
Desse montante, R$ 1,9 bilhão está previsto para a mobilidade urbana, o equivalente a 25% dos investimentos. O transporte público continua sendo a principal aposta da gestão Fernando Haddad, com destaque para a implantação e requalificação de corredores, que consumirá R$ 1 bilhão.
Uma das críticas que se faz à gestão é que as faixas de ônibus - implantadas à direta da via, nos horários de pico - têm impacto limitado na melhoria do transporte. Até agora, de acordo com site da prefeitura que contabiliza as metas, foram construídos 36 km de corredores e licitados outros 44 km.
Fonte: Folha de S. Paulo, 1º de outubro de 2014

Categoria: Cidade


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