Parking News

A Prefeitura de São Paulo vai lançar até o final deste mês uma licitação para instalar na capital 8.000 paraciclos (estacionamentos de bicicletas na calçada). A empresa escolhida ficará responsável pela colocação dos equipamentos, na forma da letra U invertida. O modelo é comumente utilizado na Inglaterra e custa entre R$ 200 e R$ 300 a unidade. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) não estimou o valor da licitação. Em alguns pontos do centro, como na avenida São João, já é possível encontrar esse tipo de suporte. A proposta é instalar os paraciclos principalmente perto de pontos de ônibus.
A distância entre um conjunto de suportes e outro deve ser de cerca de 200 metros. O prefeito Fernando Haddad explica que a ideia é integrar o transporte ciclístico ao coletivo. "Estamos analisando para colocar [paraciclos] nos pontos de ônibus. Às vezes, as pessoas não querem levar as bicicletas nos ônibus, mas querem deixá-las estacionadas", disse.
O formato escolhido agrada a ciclistas, já que oferece apoio para a bicicleta inteira, permitindo que o quadro e as rodas fiquem presos. Antônio Miotto, 48, porém, ressalta que a prefeitura deve planejar o local onde as estruturas serão instaladas. "Não adianta colocar ciclovias pela cidade se não tiver lugar para parar as bicicletas. Mas também não adianta colocar os paraciclos em qualquer lugar. É preciso planejamento. Colocar os suportes onde há grande fluxo de pessoas e onde não atrapalhe os pedestres", afirma o ciclista. A possibilidade de obstrução da passagem é a principal ressalva feita por especialistas em relação à medida. Dependendo da posição dos suportes, um conjunto de três paraciclos poderá ocupar mais do que dois metros.
"O pedestre tem que ser a prioridade na cidade, nada pode atrapalhá-lo", diz Horácio Figueira, consultor em engenharia de tráfego e transporte, mestre em engenharia de transportes pela USP. Para isso, ele defende que as calçadas sejam adaptadas para receber as paradas. "Nem que, para isso, tenha que diminuir a pista para o ciclista ou o motorista."
Passarelas
Também a partir deste mês, a prefeitura promete começar o programa de ciclopassarelas sobre as marginais Tietê e Pinheiros. A primeira será instalada na ponte da Casa Verde e ligará as avenidas Braz Leme e Barra Funda, ao lado da pista sentido centro. De acordo com a CET, há estudos para colocar passagens para bicicletas nas pontes Freguesia do Ó, do Piqueri, Cidade Universitária, Eusébio Matoso, Cidade Jardim e do Socorro.
Fonte: Folha de S. Paulo, 1º de outubro de 2014

Categoria: Cidade


Outras matérias da edição

Justiça exige cobrança fracionada (01/10/2014)

A Justiça do Estado do Espírito Santo decidiu manter a exigência da cobrança fracionada em estacionamentos de shoppings, bancos e hospitais da Grande Vitória. Em março, o colegiado do Tribunal de Just (...)

Garantia de reito não saiu do papel (04/10/2014)

No sexto mês de gestação, Paula Macêdo, 31 anos, exibe uma bela barriga redonda. A produtora já sente as limitações impostas pela gravidez de seu primeiro filho, Raul, como a locomoção, que não é tão (...)

Sobre Minhocão e parques (06/10/2014)

Desde a aprovação do novo Plano Diretor, os debates sobre o futuro do Minhocão se intensificaram. Isso porque o plano prevê "a gradual restrição ao transporte individual motorizado no elevado" e "sua (...)


Seja um associado Sindepark