Segundo o ministro dos Transportes, Cesar Borges, o adiamento será por pelo menos um ano. "Não vamos parar o projeto", disse o ministro. Segundo ele, outras etapas do projeto, como a contratação dos projetos executivos, continuarão a ser realizados.
O governo temia que a licitação pudesse não ter interessados ou ter apenas um grupo, formado por empresas francesas. Empresas da Espanha e da Alemanha pediram o adiamento do leilão para ter tempo de entrar no negócio.
Na primeira tentativa de leiloar o trem-bala, em 2010, o governo fez dois adiamentos do prazo de entrega de propostas para dar mais tempo às companhias para formar grupos e entrar na concorrência. Pouco adiantou: o leilão realizado em julho de 2011 acabou sem interessados.
Após esse fracasso, o governo refez o projeto dividindo-o em duas licitações: uma para fornecimento de equipamentos e operação e outra para construção da linha e estações. Essa era uma sugestão das empresas de fornecimento de equipamentos, entre elas espanholas, japonesas, francesas e alemãs, que informavam ao governo que entrariam no negócio caso ele fosse separado da parte de construção.
O leilão marcado para dia 16 seria para escolher o fornecedor e operador e estava marcado desde dezembro do ano passado. Mesmo assim, as empresas da Espanha enviaram duas cartas ao governo pedindo adiamento do leilão para terem mais tempo para apresentar suas propostas.
Fonte: Folha de S. Paulo, 12 de agosto de 2013