A base de clientes ativos do Sem Parar é de quatro milhões, com crescimento de 20% ao ano. ?Aproveitamos uma oportunidade alinhada ao nosso processo de uma maior aproximação com o consumidor. A STP domina uma tecnologia que tem total sinergia com nosso negócio: pagamento de pedágio, estacionamento e abastecimento tem tudo a ver com nossos clientes?, afirma Leonardo Línden, vice-presidente de marketing da Raízen. As companhias aguardam a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para consolidar o acordo.
A reação da STP ao aumento da competição iguala um dos principais diferenciais de seu maior concorrente no segmento, a ConectCar, que iniciou o modelo de união com uma rede de postos de gasolina. No mercado desde abril, a marca é uma parceria entre a Odebrecht TransPort, subsidiária da Odebrecht, e a Ipiranga, do grupo Ultra. Nos postos com a bandeira de sua coproprietária, o serviço pode ser usado no pagamento de combustível e produtos das lojas de conveniência. Embora tenham feito uma movimentação parecida para atrair novos consumidores em deslocamentos urbanos, as concorrentes não disputam o mesmo público-alvo em relação às rodovias. A ConectCar tem como foco a comunicação com consumidores que fazem viagens esporádicas. Já o Sem Parar, que cobra mensalidade de seus clientes, atende usuários que utilizam as estradas com frequência. ?A competição acentuada favorece o consumidor e cria segmentações. Em São Paulo, vai gerar mais comunicação?, avalia Donda. Após a abertura de mercado feita pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) e o anúncio da quebra de monopólio do Sem Parar, em 2012, a primeira empresa a entrar na disputa com a STP foi a DBTrans/AutoExpresso, em fevereiro. Até o fim do ano, há a expectativa da chegada de mais uma concorrente, a Move Mais (empresa que pertence à Dux Participações e Cornpsis), na disputa.
Fonte: Revista Meio & Mensagem (SP), 12 de agosto de 2013