Flanelinhas e também monitores de rua, que representam empresas de postos oficiais, têm vendido o Zona Azul digital por preço superior ao oficial na região do Brás, no centro da capital paulista. A reportagem abordou alguns – que chegam até a usar colete laranja com listras cinzas, mas sem o símbolo da Zona Azul Digital – e constatou que cobram o quanto querem pelo tíquete eletrônico.
Na Rua Rodrigues dos Santos com a Rua Henrique Dias, um dos rapazes disse que cobraria R$6 ahora. Para quem fosse estacionar na Rua Júlio Ribeiro, o preço seria R$ 7. O valor oficial, de R$5 ahora, só foi informado por um atendente de uma banca de jornal na esquina da Rua Oriente com a Rua Rodrigues dos Santos, que é vendedora oficial. Alguns flanelinhas até dizem que são credenciados pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
O comércio do Brás recebe diariamente milhares de pessoas de todo o Brasil. Muitos não sabem como funciona a cobrança, como é o caso de Leandro Rocha, de São Carlos, no interior de São Paulo. “Ficamos cinco horas no Brás. Fomos de carro e não encontramos vaga em nenhum estacionamento e decidimos deixar o carro na rua e colocar a Zona Azul. Na primeira vez, eu pedi duas horas e paguei R$ 16. Para mim este era o valor.” A CET informou que tem realizado ações em conjunto com a Guarda Civil Metropolitana (GCM) para coibir a prática abusiva de preço da Zona Azul. A companhia também realiza vistorias periódicas em todos os locais de Pontos de Venda do Cartão Azul Digital (CAD). Quando constata anormalidade, a empresa sofre sanção e pode até ser descredenciada. Entre outubro do ano passado e junho deste ano, foram registradas 45 irregularidades na cidade, sendo aplicadas 22 advertências e 13 bloqueios de equipamentos.
A CET recomenda que os motoristas adquiram os cartões com antecedência, por meio dos aplicativos das 14 empresas ou dos Pontos de Venda oficiais (PDVs).
Denúncias
Atualmente, existem 2.035 postos oficiais de venda de Zona Azul Digital. A relação completa com a listagem está disponível no site da companhia.
Fonte: O Estado de S. Paulo - 27/06/2017