Você pode procurar, mas não vai ver as 204 bicicletas que estão estacionadas em uma pracinha, no centro de Tóquio. O espaço em cima é do pedestre. Embaixo, o dono é outro.
A 11 metros de profundidade, uma estrutura construída em apenas dois meses guarda as mais de 200 vagas. Tudo começa nos quiosques. A etiqueta eletrônica perto da roda comprova o pagamento do mês, o equivalente a R$ 40.
É só encostar na entrada que um leitor eletrônico reconhece a bicicleta. O dono pode virar as costas: a porta abre. E lá vai ela. Em oito segundos, um mergulho guiado pelo braço mecânico que encontra uma vaga e volta rapidinho para o alto.
Da parte de baixo é possível ver como o sistema funciona perfeitamente bem, em uma mistura de velocidade e delicadeza de pegar a bicicleta e levá-la de volta à superfície.
Na hora de ir embora, só é preciso encostar um cartão magnético na máquina. Segundo o representante da empresa que desenvolveu essa tecnologia, o sistema recebe qualquer bicicleta, até as elétricas.
?E tem a vantagem de aproveitar bem o espaço. Aqui temos mil bicicletas e a praça está limpa para as pessoas passarem?, conta o administrador Daisuke Hirose.
O senhor Akirakaia usa sem problemas o sistema desde abril.
"A grande vantagem é a velocidade e a praticidade", diz ele para começar, tranquilo, mais um dia de trabalho.
Construir um estacionamento subterrâneo como o da reportagem custa o equivalente a R$ 3,5 milhões.
Fonte: Agência Estado, 10 de outubro de 2013