Outra alternativa citada por Yang seria a eliminação de vias, a exemplo do que foi feito no trecho da Broadway, em Nova Iorque (EUA), em 2009, que aliviou o fluxo de trânsito em toda a região. O economista e coordenador do NEU, Josef Barat, acolheu as considerações de Yang e citou a cidade de Marselha, na França, como exemplo de revitalização urbana bem sucedida. ?São Paulo tem o mesmo potencial que Marselha para se tornar mais bonita e agradável para, finalmente, ser ocupada pela população?, observou. Para Valter Caldana, diretor da Faculdade de Arquitetura da Universidade Mackenzie e membro do NEU, São Paulo está atrasada de uma maneira suicida e precisa tirar seus projetos do papel. ?Não temos um futuro planejado, simplesmente porque São Paulo quase não produz bons projetos. E, quando faz, engaveta?.
Antonio Carlos Pela, vice-presidente da ACSP e coordenador-geral do Conselho de Política Urbana, acredita que a proposta das garagens verticais deve ser estudada sob a ótica dos comerciantes, que poderiam sair perdendo com a adoção da medida. ?O constante descarte de projetos para a cidade de São Paulo é inaceitável porque nada se consolida. Quanto aos estacionamentos verticais, é fundamental consultar como isso afetaria a vida do comerciante, diferente do que foi feito com as faixas exclusivas para ônibus?, afirmou Pela.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 20 de março de 2014