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O comércio de São Paulo já estima um aumento de 5% a 10% nos preços dos produtos devido à nova lei que restringe a circulação de caminhões e acaba interferindo na entrega das mercadorias. Em entrevista à Folha de S. Paulo, o vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Roberto Mateus Ordine, afirmou que a dificuldade para entrega, somada ao aumento de custos do frete, da mão-de-obra e dos estoques, vai certamente afetar o preço final do produto. "A previsão inicial é que o aumento do preço de venda ao consumidor seja da ordem de 5% a 10%, dependendo do tipo de mercadoria."
A Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção prevê que só o custo do frete aumente 200%. Os caminhões maiores terão de ser substituídos por cinco menores. O repasse desse custo deve elevar os preços do material de construção entre 1,5% e 2%.
Segundo Emerson Kapaz, diretor-executivo do Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV), que agrupa as 29 maiores empresas varejistas do País, além do frete, aumentará também o custo da mão-de-obra, já que mais motoristas, ajudantes e seguranças terão de ser contratados para trabalhar em horários alternativos.
Representantes do sindicato das empresas de transporte afirmaram que de 20% a 25% das entregas e coletas de carga deixaram de ser feitas no primeiro dia de restrição.
Fonte: Folha de S. Paulo, 2 de julho de 2008

Categoria: Geral


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