A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) anunciou a mudança na última quinta-feira, mas não colocou avisos nas vias e poucos sabiam das novas regras.
Morador do Jardim Cachoeira, no Tucuruvi (zona norte), o motorista Edson de Oliveira usa a motofaixa para ir ao trabalho e diz não ter notado diferença. "Está tudo igual".
Já os motoristas dos carros acham que a faixa exclusiva para ônibus vai sobrecarregar o trânsito. "Essa via não precisa de uma faixa de ônibus. O fluxo de carros é muito grande", afirmou o técnico de manutenção Pietro Mullo. Apesar das reclamações, os motoristas respeitaram o espaço dos coletivos.
Na manhã de ontem, em dez minutos, só quatro carros invadiram a faixa dos ônibus.
Nos coletivos, os passageiros elogiaram a mudança e disseram ter economizado até 10 minutos de viagem.
Chuva
A CET disse que a remoção da motofaixa "foi prejudicada devido à chuva no domingo". Segundo a companhia, uma equipe de sinalização fez o serviço ao longo do dia de ontem, assim como a retirada das placas que indicam a faixa de moto nas avenidas Paulo 6º e Sumaré.
Sobre a sinalização no asfalto, o órgão disse que fará a pintura das novas faixas "ainda nesta semana". A CET afirmou que com a mudança os carros terão "no mínimo" duas faixas para circular.
A companhia intensificará a fiscalização de motoristas que invadem a faixa de ônibus a partir do dia 2.
Os comerciantes da região se dizem preocupados com o impacto da criação da faixa de ônibus na avenida Sumaré. "Espreme os carros e os motoristas não conseguem entrar nas lojas porque não podem invadir a faixa de ônibus", afirma Dimitrie Josif Gheorghiu, diretor da Associação Comercial de São Paulo na zona oeste.
"Não somos contra as faixas, mas o setor está se inviabilizando", completou.
Fonte: Agora, 19 de novembro de 2013