As avenidas 23 de Maio e Rubem Berta tiveram a velocidade reduzida de 80 km/h para 70 km/h. A Avenida Jabaquara, a Rua Sena Madureira e o corredor formado pelas Avenidas Domingos de Moraes, Noé de Azevedo e Rua Vergueiro passaram de 70 km/h para 60 km/h. A Avenida Indianópolis, entre a Avenida Jabaquara e o Viaduto Árabe Síria, também teve o limite alterado de 70 km/h para 60 km/h. A CET determinou a redução da velocidade para ônibus e caminhões de 90 km/h para 70 km/h nas pistas expressas das marginais Tietê e Pinheiros.
"O fluxo é mais lento, mas em compensação você está dando para o motorista maior tempo para a reação e também dá para outros tipos de usuários da via maior segurança", defende Alberto Sabbag, especialista em medicina e segurança do trânsito. Para ele, a velocidade de 70 km/h, comum em muitas avenidas de São Paulo, é alta. "Até 60 km/h, você tem maior efetividade dos equipamentos de segurança, como o cinto e a cadeirinha", diz.
Sabbag acredita que o ganho de tempo com a velocidade maior é muito pequeno em comparação aos benefícios para a segurança com a redução. A CET afirmou que ainda não possui um levantamento que mostre que há queda do número de acidentes nas vias que sofreram alteração. A companhia também não informou se houve um aumento das multas nessas vias.
Opinião do público
O motorista Sergio Kanashiro trafega com frequência pelas avenidas 23 de Maio e Rubem Berta, que tiveram a velocidade reduzida. Ele não notou mudanças no tempo que leva para realizar os trajetos. O motoboy Nivaldo Moreira também concordou com a mudança nas vias. "É assim que tem que ser. É melhor para todo mundo. Por que exceder se está dentro da cidade? Não é uma rodovia. Acho que é melhor reduzir, porque tem gente que abusa", declarou.
Alguns motoristas não concordam com a mudança na via. "Eu fui contra a redução aqui na Indianópolis. A avenida está sempre vazia. Acho que 70 km/h era uma boa velocidade", declarou a dona de casa Ana Maria Salgado. "Achei que aqui na Indianópolis não precisava. A avenida é tranquila. Na 23 de Maio, sim, foi importante", defendeu o taxista Ademir Antônio Romano.
Fonte: portal G1, 29 de setembro de 2010