Uma das tecnologias em que a engenharia brasileira mais avançou, nos últimos tempos, foi a de motores simplificadamente chamados de flex. A primeira experiência no Brasil teve início em 1993, mas não prosperou. O primeiro carro, um Volkswagen Gol, surgiu em março de 2003 com motor de 1.6 litro. Passou-se, de novo, uma década e a trajetória alcançada foi realmente impressionante.
Os números são grandiosos: a oferta cobre mais de 90% dos modelos à venda, inclusive importados; a frota circulante de veículos leves equipados com motores flex corresponde a quase 60% do total e pode chegar a 80% em menos de cinco anos.
Como o Brasil se tornou o quarto maior comprador mundial de veículos, atrás apenas da China, EUA e Japão, o interesse em conhecer mais sobre o etanol ultrapassou as nossas fronteiras. Marcas da China, Coreia do Sul e México passaram a desenvolver no exterior motores específicos para equipar os carros exportados para cá. A oferta total de motores flex disponíveis no mercado brasileiro, atualmente, atinge mais de 200 modelos, de 15 marcas, entre nacionais e importados.
Experiência
Ao longo de uma década de desenvolvimento tecnológico estes motores se mostraram confiáveis e robustos, fruto da especialização que engenheiros brasileiros adquiriram no desenvolvimento das unidades a etanol puro, no final dos anos 1970 e durante os anos 1980. Desafios foram grandes, em especial para manter o funcionamento equilibrado entre os dois combustíveis.
Fonte: UOL, 28 de junho de 2013