Trata-se de um nível superior ao previsto pelo mercado, que projeta crescimento de 1,7%. Já o novo dado para a inflação do BC está mais próximo das contas dos analistas: de 6,2% para este ano.
Mais uma vez o Banco Central chamou a atenção para a pressão dos alimentos. Repetiu, contudo, a expectativa de que seja apenas um choque temporário, com perspectiva de dissipação nos próximos meses.
A mudança no cenário de inflação, porém, é explicada pela expectativa de reajustes mais relevantes nos preços administrados, além dos índices observados nos últimos meses, acima do previsto no relatório anterior, divulgado em dezembro.
Além das variações registradas na gasolina (0,6%) e do gás de bujão (0,3%), há previsão de novos aumentos, como nos preços da eletricidade, que devem subir 9,5%, segundo o relatório.
"Em síntese, as informações disponíveis sugerem certa persistência da inflação, o que reflete, em parte, a dinâmica dos preços no segmento de serviços", afirma o relatório.
O risco de que a inflação fique acima do teto da meta oficial é de 38%, segundo as projeções do BC. Para o mercado, a chance é maior: de 40%.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 27 de março de 2014