Os preços dos estacionamentos na região Central de Belo Horizonte estão afugentando os consumidores. “Na virada do ano, o valor subiu muito mais do que a inflação. Antes eu pagava R$8 ahora, agora estou pagando R$12”, diz o professor de História Carlos Soares, 45. Um aumento de 50%, sendo que a inflação em 2016 fechou em 6,29%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE.
“O valor da hora do estacionamento não compensa utilizá-lo. Já fui mensalista de estacionamento, mas hoje prefiro parar no rotativo, que o valor é de R$ 4,10 por dia”, afirma o analista de contratos Joubert Thomson Maia Jr., 31. Ele trabalha na região Centro-Sul da capital.
Outra reclamação dos usuários de estacionamento é a pouca variação de preço. “A maioria cobra o mesmo preço, de R$8 aR$12 ahora. A variação é pequena e parar nas ruas também não é fácil”, reclama o advogado Lucas Shikida, 27. Ele observa esses preços em vários locais do Centro da cidade.
A mesma reclamação é feita pelo professor Carlos Soares. “Os estacionamentos subiram todos ao mesmo tempo e para o mesmo valor. Com isso, a concorrência fica prejudicada”, opina.
“Percebo pouca opção de preço, são todos muito parecidos e a gente fica sem opção”, completa Joubert.
Variação
Segundo o site de pesquisa de preço Mercado Mineiro, na capital mineira como um todo, os preços da hora dos estacionamentos vão de R$4 aR$ 16, numa variação de 300%.
Valor faz consumidor buscar alternativas
Evitar a região Central de Belo Horizonte de carro tem sido uma saída para fugir dos altos preços dos estacionamentos. “Uma alternativa aos altos preços que surgiu é utilizar Uber ou aplicativos semelhantes”, afirma o professor de história Carlos Soares, 45.
Já o advogado Lucas Shikida, 27, busca estacionamentos mais baratos, mesmo que mais distantes, quando possível. “O mais barato é (o estacionamento) da rodoviária, longe dos meus locais de trabalho”, diz.
Fonte: O Tempo/MG, 06/02/2017