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Estacionamento não está na política nacional de mobilidade

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O Chefe da Casa Civil definiu um cronograma de programação de atividades do Governo, concedendo a cada um dos órgãos governamentais o prazo de 90 dias, a partir do início do governo, isto é, até 31 de março, a formulação e apresentação dos planos para os próximos quatro anos (2020-2023), período do próximo PPA - Plano Plurianual. Até lá a máquina administrativa só cuida da rotina, sem iniciar novos programas.

No setor da mobilidade urbana, a continuidade das atividades está no programa Avançar Cidades, definido ainda no tempo do Ministério das Cidades, agora a cargo do Ministério de Desenvolvimento Regional e Urbano, que financia Prefeituras Municipais para programas de pavimentação, calçadas, sinalização, transporte coletivo e outros. A prioridade agora é o pedestre. Estacionamento não faz parte da agenda das políticas nacionais de mobilidade urbana. O que pode ser considerado como fato positivo, já que o livra de amarras ou regulações públicas nacionais.

Não há, por enquanto, perspectivas de profundas mudanças, de rupturas (breakthroughs), destruições criativas e outras alterações profundas, com grandes mudanças de paradigmas. Significa que não há perspectiva de substanciais mudanças das percepções governamentais sobre o papel dos estacionamentos na mobilidade urbana. Não são considerados como problema ou como solução. Apenas uma realidade.

A posição dos representantes dos Governos é que a sociedade, as associações empresariais, ONGs e outras entidades privadas apresentem proposições radicais, mas viáveis.

Os problemas da mobilidade urbana decorrem de decisões pessoais, sendo as mais relevantes as dos decisores de serviços de transporte coletivo e de localização das atividades geradoras de trabalho. Faltam ainda percepções mais objetivas das razões ou lógicas das decisões empresariais. Essas são consideradas segundo estereótipos que nem sempre correspondem à realidade.

Os indícios são de que no final dos 100 dias o Governo não terá muitos resultados efetivos a apresentar, mas pretende detalhar as suas promessas.

 

* Jorge Hori é consultor em Inteligência Estratégica e foi contratado pelo SINDEPARK para desenvolver o estudo sobre a Política de Estacionamentos que o Sindicato irá defender. Com mais de 50 anos em consultoria a governos, empresas públicas e privadas, e a entidades do terceiro setor, acumulou um grande conhecimento e experiência no funcionamento real da Administração Pública e das Empresas. Hori também se dedica ao entendimento e interpretação do ambiente em que estão inseridas as empresas, a partir de metodologias próprias.

NOTA:

Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do SINDEPARK.


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