Nove capitais brasileiras figuram na lista das cidades com maior índice de congestionamento do planeta, segundo ranking divulgado por uma empresa de sistemas de navegação para veículos.
O Rio de Janeiro (8º) ainda permanece entre os dez piores locais onde se perde mais tempo no trânsito. São Paulo apareceu apenas na 71ª posição, atrás de três capitais nordestinas: Salvador (28º), Recife (43º) e Fortaleza (47º). Mais que comparar em qual degrau as metrópoles estão localizadas no índice, é importante analisar as iniciativas para adotar soluções inteligentes de mitigar os problemas de mobilidade urbana.
De acordo com a empresa TomTom, o congestionamento de tráfego cresceu 23% em todo o mundo entre 2008 e 2016, sendo que só no último ano avançou 10%, puxado por Ásia e Oceania. Mesmo com esse dado preocupante, a companhia responsável pelo ranking afirma ter observado uma mudança de paradigma de vários governos para criar políticas inteligentes e sustentáveis, que vão da adoção de novas tecnologias até o incentivo ao transporte coletivo e às novas formas de transporte.
A empresa decidiu conceder prêmios a essas iniciativas e o Rio de Janeiro acabou levando um nesta última edição, na categoria transporte público, devido ao projeto do BRT, iniciado para a Copa do Mundo de 2014 e concluído para os Jogos Olímpicos de 2016. Mesmo ainda mal colocada no ranking, a cidade experimentou uma redução de 4% no tempo perdido durante os deslocamentos. Há várias outras soluções possíveis de serem adotadas.
No próprio Rio, há um projeto de PPP para estacionamentos subterrâneos em áreas próximas a estações de trem e metrô. Lisboa estuda isentar as taxas para estacionar nas entradas da cidade para quem portar bilhetes de transporte público. Em São Paulo, o Metrô criou o E-Fácil, bilhete que dá descontos em estacionamentos em regiões de integração com ônibus e trens. Londres adotou pedágio urbano e Paris decidiu apenas tornar mais difícil o uso de carro nas ruas centrais.
Fonte: DCI - 03/03/2017