As vendas de veículos usados e seminovos voltaram a crescer em junho pelo segundo mês consecutivo em comparativos mensais. De acordo com dados divulgados pela Fenabrave, federação das associações de concessionárias, houve incremento de 2,4% na passagem de maio para junho, com um total de 864,2 mil unidades negociadas, entre leves e pesados. Apesar disso, este total ainda representa queda de 3,9% sobre junho do ano passado, quando pouco mais de 888 mil veículos trocaram de donos.
O setor de usados apresentou uma sequência de quedas mensais desde janeiro. Exceto em março, todos os demais meses tiveram vendas menores que o imediatamente anterior, cenário que parece ter sido revertido a partir de maio, quando houve crescimento de 6,8% na comparação com abril.
Para o presidente da Fenauto, Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores, Ilídio dos Santos, embora o mercado tenha se mantido estável nos últimos dois meses, ainda é inconclusiva qualquer previsão das vendas para os próximos meses.
Embora os números mostrem oscilações entre resultados positivos e negativos mês a mês para o setor de usados, seu desempenho continua muito melhor do que o observado no segmento zero-quilômetro. Os números da Fenabrave mostram que, no geral, considerando leves e usados, para cada veículo novo vendido em junho, foram vendidos cinco usados. Há dois anos, em 2014, este índice era de três usados para cada unidade nova emplacada.
Segmentos
Todos os segmentos cresceram no registro de junho contra maio. Leves, que inclui automóveis e comerciais leves, apresentou alta de 2,3% no comparativo mensal, para um total de 831,6 mil unidades transferidas. No acumulado de seis meses, com 4,61 milhões de negócios, o segmento segue com queda de 4% quando comparado a igual período do ano passado.
O total de automóveis que trocaram de mãos subiu 2,3% no comparativo mensal, para 714,6 mil unidades, apesar da queda de 3% sobre junho de 2015. No primeiro semestre a Fenabrave também acusa vendas 4,4% menores: foram 3,98 milhões contra as 4,16 milhões de unidades registradas na primeira metade do ano passado.
Fonte: revista Automotive Business, 08/07/2016