A cidade de São Paulo possui cerca de 3.000 vagas em vias públicas destinadas para pessoas com deficiência e idosos. Segundo a prefeitura, a quantidade atende ao estipulado pela lei federal número 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece a obrigatoriedade de reservar 2% das vagas existentes nas ruas para esses públicos. No entanto, segundo cadeirantes ouvidos pela reportagem, é difícil conseguir um desses espaços livres para colocar o automóvel. "Além do desrespeito de motoristas que ocupam as vagas sem necessidade, muitos dos locais não possuem rampas de acesso, inviabilizando o uso", afirma a professora Aline Soares, 43, que tem uma filha cadeirante.
A solução é optar por estacionamentos particulares - que nem sempre são fáceis de entrar e sair - ou usar a tecnologia em busca de um espaço. Já há um aplicativo que mapeia as vagas especiais na cidade. Nele, há um ambiente colaborativo em que os usuários podem notificar a existência de vagas ainda não mapeadas ou fazer denúncias dos locais ocupados irregularmente. Segundo a CET, a multa para quem estaciona nas vagas reservadas a pessoas com deficiência, idosos ou gestantes é de R$ 127,69. A infração rende ainda cinco pontos na carteira de habilitação.
Fonte: Folha de S. Paulo - 11/09/2016