São 157 milhões de passageiros por ano, atendidos hoje por 132 empresas espalhadas pelo território paulista. Todas operam com permissões vencidas, segundo informação da Folha de S. Paulo.
A licitação envolve negócio de R$ 1 bilhão por ano, diz Marcos Martinez, diretor da Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo). Além do vácuo regulatório, o setor enfrenta queda no número de passageiros, em razão do avanço do transporte clandestino e do uso de veículos de passeio.
O fim do termo de permissão pela concessão foi previsto na Constituição de 1988. Duas leis federais (8.987/95 e 11.445/07) impõem o ano de 2010 como data-limite para solução da questão.
Governo paulista
O secretário estadual dos Transportes, Mauro Arce, foi procurado pela Folha para falar sobre a solução que São Paulo dará para o assunto. Ele informou, por intermédio da assessoria de comunicação, que o assunto está em "estudo".
Mesmo diante da exigência legal de regularizar o sistema até dezembro, o assunto pode ficar para o próximo governo.
Incertezas
As empresas de ônibus aguardam o encaminhamento que o Estado de São Paulo dará à questão. Segundo Robson Rodrigues, presidente do Setpesp (Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de São Paulo), o ambiente é de "incertezas".
"Provavelmente muitas das 130 empresas vão desaparecer. A tendência é que as grandes empresas se juntem para disputar as regiões", diz. A previsão é que o Estado seja dividido em seis fatias, reunindo em cada uma linhas muito rentáveis e menos vantajosas. Fonte: Folha de S. Paulo, 7 de julho de 2010