A falta de mobilidade é um problema mais agudo para os usuários de carro, que são 49% dos moradores, de acordo com a pesquisa. O trânsito é citado como maior problema da cidade por 40% dos paulistanos que têm o automóvel como veículo diário ou praticamente diário, percentual que cai para 30% na fatia da população que usa outro meio de transporte.
Houve também melhora no tempo gasto para o paulistano se deslocar à sua principal atividade diária, como trabalho e estudo. Em 2009, a média de tempo gasto para se ir e voltar desses lugares era de 1h57min. Em 2012, a percepção foi de que esses trajetos demoraram, em média, 1h34min. Metade dos paulistanos leva de uma hora a duas horas por dia para ir e voltar do local de trabalho ou estudo.
Secretário-executivo da Rede Nossa São Paulo, Maurício Broinizi Pereira disse que a atual gestão foi ineficiente, ao citar metas não cumpridas, como construção de corredores de ônibus e intervenções em pontos de congestionamentos - das 15 previstas, apenas uma foi concluída. "Falta planejamento", disse, ao criticar a inexistência de um conselho municipal para o setor e de um plano municipal de mobilidade.
As campanhas de educação no trânsito feitas por Kassab aumentaram a sensação de respeito à faixa de pedestres de 26% em 2011 para 47% este ano, diz a pesquisa. A principal alta foi no centro, principal alvo das campanhas, onde o índice saltou de 16% para 73%. Contudo, a nota dada para a sinalização para pedestres caiu de 4,7 para 2,8 no mesmo período e a nota para a quantidade de faixas foi de 4,8 para 3,9.
Fonte: Valor Econômico (SP), 18 de setembro de 2012