Para a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), essa é uma realidade que acontece em todo o Estado e é pratica por quadrilhas bem organizadas, sendo que cada integrante tem uma função específica.
"Tem aquele que furta, aquele que é responsável por administrar o local onde o carro é levado. Tem o que conduz o veículo onde ele é adulterado ou desmanchado, tem o que agencia o receptador do automóvel e tem aqueles proprietários de desmanches ilegais que comercializam as peças que provenham desses carros roubados", diz o delegado Edmundo Gomes.
A questão é identificar quem compra peças furtadas e o trabalho de inteligência faz isso, afirma Gomes. O delegado reforça, entretanto, a necessidade de o motorista ter sempre uma postura de vigilância. "Procurar parar o carro em local mais movimentado, que note que terá uma certa proteção e, sobretudo, não pensar que não vai ser vitima do ladrão", explica.
As ações cometidas por essas quadrilhas são rápidas e, geralmente, nem os alarmes instalados nos veículos inibem o crime. Em um vídeo feito por uma câmera de segurança da cidade, foram necessários apenas quatro segundos para que suspeitos arrombassem um carro.
Em outro flagrante, foram dez segundos para abrir a porta. O alarme chegou a disparar, mas um outro suspeito desligou o aparelho e, em oito segundos, eles fugiram.
Seguro
Para ajudar a proteger o veículo, especialistas orientam sempre a contratar um seguro. Equipar o automóvel ou moto com alarme e deixá-los sempre em um estacionamento pode ajudar a diminuir os riscos e também o valor da apólice.
Vale lembrar algumas recomendações antes de segurar o bem. Mulher nem sempre paga menos, depende do perfil. Uma garota de 20 anos e solteira, por exemplo, pode desembolsar mais do que um homem de 35 anos e casado. Quando o dono da apólice tem filhos menores de 25 anos e que dirijam o carro, o seguro fica mais caro.
É preciso avaliar ainda se vale a pena segurar carro mais velho, porque o seguro sairá proporcionalmente mais caro. Alguns carros antigos são roubados para abastecer o mercado paralelo de peças usadas que não são mais fabricadas.
Outra recomendação importante: é preciso preencher os dados corretamente. Em caso de má fé, a seguradora pode se recusar a prestar o serviço.
As seguradoras costumam oferecer serviços gratuitos, como chaveiro e guincho. Ao usar esses recursos, o cliente não perde os bônus do desconto na renovação. A penalidade só ocorre se acontecer uma batida.
Fonte: portal G1, 18 de setembro de 2012