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A relação entre o preço do etanol e da gasolina na cidade de São Paulo recuou entre a última semana de agosto e a primeira de setembro, de 66,59% para 66,22%, informou dia 12 a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A taxa ficou bastante inferior à registrada na primeira semana de setembro de 2011, quando atingia 70,66%. "Foi exatamente quando a relação passou de 70% e ficou desvantajoso para o consumidor abastecer com etanol", lembrou o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), Rafael Costa Lima, à Agência Estado.
Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina.
De acordo com o coordenador, a relação menor entre o preço do etanol e da gasolina reflete o comportamento deflacionário dos preços dos combustíveis, sobretudo o fato de o preço do etanol estar caindo com mais força que o da gasolina. Na primeira quadrissemana de setembro, o etanol teve baixa de 0,70% e o da gasolina, de 0,27%. "A queda de combustíveis está durando mais do que o esperado", disse Costa Lima. Os combustíveis colaboraram para que o grupo Transportes mostrasse variação negativa de 0,13% no IPC de 0,31% divulgado dia 12.
O economista explicou que este ano a safra de cana-de-açúcar foi colhida com atraso, o que afetou sua qualidade para produção do açúcar, favorecendo, por outro lado, a produção de álcool. "Além disso, o preço do açúcar no mercado internacional está desfavorável", disse, para justificar o aumento na oferta do produto. "É difícil dizer se essa trajetória vai perdurar, mas não vejo muito espaço para quedas mais intensas", afirmou.
Fonte: Agência Estado, 12 de setembro de 2012

Categoria: Geral


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