Lançado em 1983, logo saiu de linha. Sobre plataforma Panorama (perua Fiat desta primeira fase), manteve a frente e espaço interno, bem como as linhas retas de cantos arredondados. O Oggi não fez muito sucesso, provavelmente pelas críticas de que sua traseira alta e retilínea destoava bastante do conjunto.
Trouxe inovações técnicas, como o sistema cut-off (comum atualmente em injeção eletrônica), que permitia maior economia de combustível em declives, através da borboleta de aceleração que fechava por meio de válvula eletromagnética. Mas mesmo este e outros itens tecnológicos não criaram simpatia entre os consumidores.
Talvez por estratégia de marketing, talvez por outros motivos, o quadrado Oggi foi colocado a prova nas pistas. Foi usado pela Fiat no Campeonato de Brasileiro de Marcas e Pilotos de 1984, do qual saiu vencedora. Com motor especial de 1.415cm³, o Oggi CSS foi criado especialmente para homologação esportiva perante a Confederação Brasileira de Automobilismo. Apenas 300 unidades foram comercializadas.
A versão CSS estava disponível apenas na cor preta, com faixas adesivas bem finas vermelhas e o nome em letras bem destacadas. A aparência esportiva ganhava reforço com rodas de liga leve e piscas dianteiros transparentes. O primeiro Fiat nacional com motor superior a 1,3 litro mostrava algo a mais.
Mesmo que o Oggi tenha tido bons momentos em seu primeiro ano nas pistas, os próximos não foram tão alegres. Os concorrentes Voyage e Escort o superaram de longe. Ainda assim, esforçou-se e entrou na briga, chegando em segundo lugar na categoria B das Mil Milhas nas mãos de Átila Sippos e Egon Herzfelt. Nesta corrida perdeu de um 147, porém, ficou na frente de todos os Escort que correram a prova. Sob o comando de Fábio Sotto Mayor e Paulo Gomes, também chegou em segundo nas 12 Horas de Goiânia.
Com o lançamento do Uno em 1984 a Fiat entra em uma nova fase. É hora de deixar de lado aquele modelo 147 e seus derivados. O Oggi foi o primeiro a sair da linha, em 1985, com 20.083 unidades vendidas, substituído pelo Prêmio, o três-volumes derivado do Uno, o qual foi produzido durante um tempo razoável, porém igualmente sem alcançar grande sucesso comercial. Para os colecionadores, quanto mais raro mais interessante. Por isso, ter um desses na garagem merece cumprimentos.
Fonte: http://www.antigomotors.com.br, setembro de 2012