Nas áreas do Mercado Municipal, praças Fernando Costa e Roosevelt, que já haviam sido anunciadas, a licitação deve ser aberta nesta semana. Após as eleições devem ser lançadas as licitações para o Itaim Bibi, República, terminal Pinheiros, largo da Batata, Assembleia Legislativa e Ibirapuera (autorama). As garagens em outras áreas - Ibirapuera, Pedroso de Moraes e Moema - dependem de questões legais e ambientais para serem licitadas. A ideia é tirar vagas de zona azul das ruas e transferi-las para os estacionamentos.
Incentivos
A outra parte do plano, que prevê incentivos fiscais para a iniciativa privada construir garagens, dependerá da vontade do próximo prefeito. São Paulo tem cerca de 900 mil vagas de estacionamento em 10 mil estabelecimentos, segundo o sindicato do setor. "Em São Paulo não falta vaga de garagem. Se você quiser, para em qualquer região da cidade, desde que esteja disposto a pagar muito e não se importe com a qualidade", diz Marcos Cintra, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico.
A prefeitura prevê dar títulos municipais às empresas que construírem novos estacionamentos. Os títulos seriam usados para abater impostos municipais - IPTU e ISS. Cintra disse que a prioridade será para estacionamentos que funcionem no modelo "park and ride", ou seja, o motorista vai de carro até determinado ponto e, de lá, segue viagem de metrô ou trem. Estão previstos "park and ride" em locais como Berrini, Santo Amaro, Jabaquara, Vila Olímpia, Pinheiros, Santana e Barra Funda. Outros locais teriam demanda para estacionamentos "convencionais" e também teriam estímulo. São os casos das avenidas Angélica e Henrique Schaumann, da rua Augusta, de regiões como o Brás e o largo Treze e bairros como Paraíso, Tatuapé, Moema, Mooca e Lapa. "A validade desses estacionamentos está diretamente relacionada com a integração com o transporte público", diz Adriane Fontana, engenheira de tráfego e diretora da Fatec de São Caetano do Sul.
Fonte: Folha de S. Paulo, 19 de setembro de 2012