Entretanto, esse programa sofreu um corte orçamentário e está paralisado. Números do governo mostram que, em janeiro e fevereiro, foram fechados em média 1.520 buracos por dia - um total de 85.129 até ontem. Nos períodos de chuva forte, como neste início de ano, o asfalto da capital se esfacela em uma velocidade muito maior do que a possibilidade de manutenção pelo serviço de tapa-buracos. Segundo a Prefeitura, há um "déficit" a ser coberto de cerca de 480 crateras a cada 24 horas.
"O recapeamento é a solução mais eficaz contra o aparecimento dos buracos, em vez dos remendos", diz a especialista em pavimentos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), Liede Bernucci. Segundo ela, a chuva acelera muito o surgimento de buracos porque a água tira a resistência do solo, que já vai acumulando os danos com o trânsito.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 28 de fevereiro de 2009