O programa social do Sindepark apoiará as ações do Programa São Paulo Protege suas Crianças, promovido pela Prefeitura de São Paulo. Foi este o tema discutido pela diretoria do sindicato e pelo secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro, no encontro realizado no dia 16 de janeiro.
Em especial, o Sindepark apoiará a campanha "Dê mais que esmola. Dê Futuro", cujo objetivo é informar sobre a questão da exploração do trabalho infantil nas ruas de São Paulo e sensibilizar a população para que não dê esmolas ou compre produtos comercializados por crianças em faróis da cidade. A campanha também motiva a doação de recursos, com abatimento no Imposto de Renda, para o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.
"Esta ação da Prefeitura vem de encontro com os objetivos do programa social do Sindepark. Em razão da visibilidade dos estacionamentos e do expressivo fluxo de pessoas que passam pelas unidades todos os dias, implantaremos diversas ações educativas e de conscientização. A divulgação do programa ´Dê mais que esmola. Dê Futuro´ abrirá as ações do programa Estacionamento Cidadão do Sindepark", relatou Lívio Giosa, responsável pelo desenvolvendo do programa social do sindicato.
A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) identificou 3 mil crianças e adolescentes vindos dos bairros periféricos vendendo produtos, fazendo apresentações com malabares ou pedindo esmola em cerca de180 cruzamentos da cidade. Hoje, com a intensificação das ações do Programa São Paulo Protege, estima-se que haja cerca de 2 mil crianças e adolescentes nos faróis.
As atividades informais exercidas pelos menores são geralmente coordenadas por um adulto (pai, mãe, parente ou um terceiro). Esses aliciadores muitas vezes se encarregam de levar as crianças para os cruzamentos, oferecendo um tipo de "treinamento" e os produtos ou instrumentos que necessitarão para trabalhar nas ruas. Em troca, ficam com a maior parte do dinheiro obtido pelas crianças, o que anualmente corresponde a cerca de R$ 25 milhões. Estima-se que uma criança ganha em média R$ 30,00 por dia nos faróis, mas leva apenas R$ 5,00 para casa. A diferença fica com seus exploradores.
Além da evidente exploração, que compromete o rendimento escolar - quando não as afasta dela -, as crianças ficam expostas a condições penosas de trabalho, à violência, à exploração sexual e ao contato precoce com o mundo do crime e das drogas.
"A comprar produtos de crianças nas ruas as pessoas estão contribuindo com o trabalho infantil e com a perpetuação da miséria. Lugar de criança é na escola e em atividades de pós-escola", diz o secretário Floriano Pesaro. Além da campanha de conscientização pública, o programa São Paulo Protege engloba uma série de ações articuladas e integradas de proteção social das crianças e de famílias em situação de vulnerabilidade social.