O médico Sebastião Radominski entrou com uma ação na Justiça contra a empresa INC, responsável pelo estacionamento do Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba) e a Infraero, por perdas e danos.
Ele e sua mulher, Rosana, foram assaltados duas vezes em menos de cinco minutos no estacionamento aeroporto, no sábado passado, quando retornavam de uma viagem a São Paulo. Radominski foi abordado por um homem de moto e teve o seu celular, documentos, cartões de créditos e dinheiro roubados.
Antes que se refizesse do susto, outro bandido chegou, roubou a bolsa de Rosana, subiu na mesma moto e ambos escaparam tranqüilamente. "Ele me rendeu com uma arma e pediu o laptop antes de qualquer coisa. Eu temo que a mesma quadrilha que rouba laptops em São Paulo esteja começando a agir no aeroporto daqui também", disse o médico.
Segundo Radominski, foi feito um Boletim de Ocorrência no mesmo dia e tanto a empresa quanto a Infraero, procurados, não resolveram o assunto, mas garantiram um contato na segunda-feira passada, o que não aconteceu. "Houve descaso e também falta de preparo para lidar com essas situações. Não havia outra saída a não ser recorrer à justiça", disse.
Segundo a Polícia Militar, o estacionamento do aeroporto, que recebe cerca de mil carros diariamente, não oferece condições de segurança para seus usuários. O estacionamento não é cercado e por isso carros ou motos podem atravessar o canteiro e chegar à avenida principal para fugir.
A Infraero não se responsabilizou pelo ocorrido e alegou que situações assim não são comuns. Em nota oficial, a Infraero afirma que a empresa responsável pelo estacionamento é terceirizada, e que a segurança do aeroporto é feita por uma outra empresa particular que trabalha 24 horas e dispõe de um efetivo de 46 funcionários e câmeras de vigilância.
Segundo a Infraero, o aeroporto é protegido por policiais federais, civis e militares que têm salas no saguão do aeroporto e que o caso será investigado e apurado internamente. Radominski guardou seu ticket pago no valor de R$ 35, referentes aos dias em que viajou - de quinta a sábado - e tem o amparo legal do Código do Consumidor.
Fonte: Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), 25 de janeiro de 2007