Dos 56 novos shoppings previstos, 36 estarão em cidades com menos de 1 milhão de habitantes, em municípios como Indaiatuba (SP), Blumenau (SC), Cariacica (ES) e Londrina (PR).
Luiz Fernando Veiga, da Abrasce, diz que há cerca de dez anos 85% dos shoppings estavam em capitais. O percentual caiu para 55%, e deve diminuir ainda mais.
Marcelo Sallum, sócio-diretor da Lumine - especializada em administração de shoppings -, destaca que os centros de cidades de porte médio não têm mais como crescer, dificultando a ampliação do comércio local.
Logo, a solução apresentada é a criação de um novo local de compras, muitas vezes distante do centro, com potencial para atrair clientela.
O fenômeno classe C ajuda a impulsionar a construção dos empreendimentos. "Hoje a nova classe média frequenta pouco o shopping, mas isso está mudando", diz.
Cidades viáveis
Segundo Luís Augusto da Silva, da Alshop (associação de lojistas de shoppings), estudos prévios são usados para analisar a viabilidade de entrada de shoppings nos municípios menores.
"Cidades como Vinhedo (SP) e Caruaru (PE), por exemplo, já têm potencial para atrair um shopping." Pelos critérios da Alshop, o país tinha 744 shoppings em 2010. Para a Abrasce, o número é menor porque ela só considera os que têm área vendável superior a 5.000 m2. Locais vistos como shoppings pela Alshop - que prevê 124 novos centros neste ano - são galerias para a Abrasce.
Fonte: Folha de S. Paulo, 21 de março de 2011