O lançamento do aplicativo Meu Rotativo, que deve mudar a relação entre motoristas e o estacionamento em vagas públicas nas ruas de Belo Horizonte, depende apenas do treinamento de agentes de fiscalização de trânsito. Em breve, quem para nos espaços administrados em sistema de rodízio vai poder pagar via celular ou optar pelos pontos fixos de venda, nos quais créditos poderão ser comprados em dinheiro ou no cartão de crédito. Com isso, a cidade abandona os talões, que vigoravam há cinco décadas. Quanto às regras, os tempos disponíveis em cada vaga e os preços serão mantidos, mas o sistema promete eliminar a intermediação de flanelinhas e acabar com o “reuso” de vagas. Atualmente, a capital dispõe de áreas de 60, 120, 300 e 720 minutos.
A iniciativa é inspirada em sistema semelhante ao da cidade São Paulo. Na capital mineira, quem se interessar pela tecnologia deve ter celular com o sistema operacional Android (versão 4.4 ou superior) ou iOS (versão 9 ou superior). Após o download, o condutor precisa cadastrar seus dados pessoais, como nome, CPF, e-mail e número do cartão de crédito. A placa do veículo só é informada no momento do estacionamento. No caso dos boletos bancários, o cidadão vai receber uma cópia da conta via e-mail. Quando o tempo na vaga estiver próximo de acabar, a aplicação vai emitir uma notificação.
De acordo com o diretor-presidente do “Meu Rotativo”, Leandro Nogueira, o lançamento será feito pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da BHTrans e da Prodabel. “A ideia é facilitar para o usuário final e diminuir a informalidade dos flanelinhas, que vendiam o serviço de maneira irregular. Hoje todo mundo tem acesso à tecnologia, que é uma tendência. Além disso, a pessoa pode pagar da maneira que achar melhor”, afirma.
Impacto
No sábado, o executivo responsável por introduzir a tecnologia, Leandro Nogueira, se reuniu com o Sindicato dos Vendedores de Jornais e Revistas no Estado de Minas Gerais (Sinvejor) para cadastrar bancas que vão vender o serviço. De acordo com ele, a categoria tem sido parceira da Prefeitura de Belo Horizonte na inovação. Para evitar a atividade informal, o novo sistema não vai permitir a comercialização de créditos fora dos pontos fixos de venda, que serão georreferenciados e só poderão ativar os tíquetes dentro do estabelecimento.
Fonte: Estado de Minas - BH - 18/06/2018