Com investimento de cerca de R$ 500 mil, a ferramenta já está funcionando em Minas Gerais e tem facilitado a vida dos motoristas. A ideia surgiu quando o empreendedor Júlio visitou uma cidade do interior do Estado e percebeu que lá e em muitos outros municípios vizinhos não se utilizava mais a solução de rotativos. Ao procurar saber o motivo, ele descobriu que a venda de talões era feita principalmente por menores, o que foi proibido pelo Ministério Público.
Dessa forma, o serviço acabou sendo abandonado nessas cidades menores. "Ao ver essa situação pensei: por que não vender recarga para carro, assim como existe para celular?", relata. Foi a partir disso que Júlio criou a startup e uma solução de rotativo digital.
O desenvolvimento durou um ano e teve aporte de R$ 500 mil, sendo R$ 150 mil do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Minas) e o restante investimento próprio. De acordo com o empreendedor, a solução já está funcionando em Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata, onde a startup controla cerca de mil vagas. A empresa também já venceu licitação em Itabira, na região Central, onde aplicará o rotativo digital a partir de 2015.
Funcionamento
A solução funciona a partir de um adesivo com código de barras que deve ser fixado no vidro dianteiro do veículo.
Pela internet ou em pontos de vendas espalhados pela cidade, o usuário deve cadastrar a placa do carro e ativar o adesivo. Depois disso, basta comprar crédito, informando apenas a placa, e imediatamente o adesivo receberá a informação de crédito realizado. Para verificar o pagamento do rotativo digital, os fiscais trabalham com um smartphone que lê o código de barras do adesivo ao ser aproximado dele.
O empreendedor destaca que a solução atende a todos, inclusive aqueles que não estão familiarizados com a tecnologia. Isso porque a recarga pode ser feita pela internet por meio de um smartphone, mas também comprada à moda antiga nos estabelecimentos comerciais. Segundo Figueiredo, a startup já tem mais de 500 mil pontos de venda, o que facilita ainda mais o processo.
Fonte: Diário do Comércio (MG), 28 de novembro de 2014