Elas estarão nas áreas da avenida Álvares Cabral (próximo à esquina com a rua da Bahia), do Fórum Lafayette, da praça Sete, da Savassi e da região hospitalar. Todas terão vagas para motos, idosos e deficientes, além de um bicicletário. Apenas o estacionamento da avenida Álvares Cabral não terá opção para motociclistas.
Em 2012, a primeira tentativa de licitação fracassou por falta de interessados. Em 2013, a proposta voltou a ser divulgada, mas também sem sucesso. Anteriormente, eram dez estacionamentos subterrâneos obrigatórios.
Agora, são cinco obrigatórios e quatro opcionais. Além disso, também está prevista a operação de áreas de estacionamento rotativo, afirmou o gerente de Parcerias Público-Privadas da PBH Ativos, Gustavo Kummer. O gestor explica que onde tiver estacionamento subterrâneo haverá restrição para as vagas na superfície, gerando utilização mais nobre do espaço, como, por exemplo, com ciclovias.
O objetivo do projeto é liberar as avenidas para a implantação de projetos de mobilidade e reduzir as retenções provocadas por motoristas procurando vagas e realizando manobras. O publicitário Douglas Horta costuma usar bastante os estacionamentos rotativos na capital e acredita que os subterrâneos serão boa alternativa. "Vai reduzir aqueles carros que ficam parados em fila dupla", disse.
Rotativo. Já para as vagas de rotativo, a empresa privada terá que investir em modernização do sistema de pagamento e fiscalização. Como referência, o edital estabelece a utilização de parquímetros, câmeras ou sensores por vaga e aplicativos de celular com informações do rotativo e pagamento eletrônico.
A Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) já está desenvolvendo esse tipo de tecnologia para diminuir o desrespeito às vagas rotativas. Para o professor do Departamento de Engenharia de Transportes da UFMG Ronaldo Gouvea, os estacionamentos subterrâneos já apresentaram bons resultados em outros países, como na Espanha. "Existe em Barcelona um estacionamento perto de uma estação do metrô, permitindo que o usuário possa deixar seu automóvel lá e usar o transporte público", destacou.
Após a licitação, a empresa ganhadora terá até 300 dias para fazer o projeto e mais 18 meses para executar as obras.
Particulares. Empresas do setor de estacionamento particular temem impacto negativo nos negócios se as vagas subterrâneas saírem do papel. Hoje se cobra, em média, R$ 10 a hora por uma vaga nesses locais.
Receita Outorga.
A concessionária pagará outorga para a prefeitura, uma espécie de aluguel do espaço público. O valor mínimo por ano é de R$ 8 milhões para o subterrâneo e de R$ 21 milhões para o rotativo.
Fonte: O Tempo (BH), 26 de novembro de 2014