Para alcançar melhora significativa da segurança no trânsito, governos precisam mudar o paradigma e implementar ações mais expressivas. Esta é a conclusão de relatório da OCDE, organização para cooperação econômica e desenvolvimento, que busca aumentar o bem-estar social ao redor do mundo. O documento foi elaborado em parceria com mais de 20 entidades, incluindo o Global NCAP.
O avanço em segurança é essencial, alertam as organizações. Em 2015, mais de 25% dos 65 milhões de carros vendidos não atendiam às recomendações mínimas de segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Estes modelos não alcançavam patamares mínimos, sem dispositivos como freios ABS, airbags ou controle eletrônico de estabilidade. As entidades pretendem mudar este cenário ao pressionar governos ao redor do mundo a assumirem compromisso maior com a segurança.
O material aponta que os países não devem se limitar a fazer melhorias incrementais para garantir a segurança viária, mas em traçar metas e objetivos claros e investir em mudanças significativas para alcançá-los. Segundo as entidades, este é o caminho para alcançar a meta de reduzir a zero o número de acidentes de trânsito com vítimas fatais ou seriamente feridas.
O relatório recomenda que as mudanças passem por:
-Desenvolver estradas totalmente seguras, não apenas com melhorias incrementais em relação ao que existe hoje;
-Oferecer uma liderança forte e sustentável para guiar a mudança de paradigma;
-Manter um senso de urgência para conduzir a transformação;
-Estabelecer uma forma de trabalho focada em resultados que envolva todos os responsáveis por segurança nas estradas;
-Usar a tecnologia para tornar o trânsito das cidades mais seguros;
-Trabalhar na coleta e análise de dados de trânsito e segurança.
O Global NCAP destaca que, até 2020, todas as nações deveriam tornar obrigatório sistema de controle de estabilidade, além de proteção contra impacto frontal, lateral e para o pedestre.
Fonte: Automotive Business, 3 de outubro de 2016