"Antes, tinha capotamento e muitos carros acabavam avançando na calçada, porque aqui é o fim de uma curva", conta Lima.
"Depois do radar, isso mudou, porque as pessoas ficaram mais atentas." Porém, ele diz que a parte do aparelho que fica no canteiro central deveria ser mais visível. Hoje, fica atrás de um pé de abacate.
"Muita gente só enxerga quando já está muito perto e isso, ironicamente, leva a algumas pequenas batidas, porque as pessoas freiam em cima da hora."
Na manhã do dia 3, o jornal O Estado de S. Paulo viu vários carros reduzirem a velocidade a poucos metros do radar, embora cerca de 100 metros antes haja uma placa indicando a presença de fiscalização eletrônica na via.
"O ideal seria a CET mudar um pouquinho o lugar do radar, para que as pessoas pudessem vê-lo a uma distância maior. Só não queremos que cortem nosso abacateiro, que está aí há anos", diz Lima.
De fato, a localização do "grande multador" é polêmica. O técnico em radiologia Valmir dos Anjos já foi flagrado três vezes (duas só no ano passado) pelo equipamento, por dirigir acima do limite de velocidade.
"Esse radar é uma armadilha, porque está estrategicamente localizado para pegar as pessoas de surpresa. Acho que ele não tem uma função preventiva."
Outro fator que pode ter contribuído para a queda de acidentes e o aumento do número de multas foi a redução do limite máximo permitido na Salim, de 70 km/h para 60/h no ano passado.
Além de excesso de velocidade (o tipo de infração mais comum na cidade), o radar da avenida Salim Farah Maluf flagra desrespeito ao rodízio e caminhões que desobedecem as proibições para veículos de carga.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 6 de maio de 2013