Parking News

Terra vermelha, algumas poucas árvores, muito lixo e muitos carros. O espaço público, na 715/716 Norte, serve para quase tudo, menos à convivência dos moradores. Esses e os comerciantes da região brigam pela destinação do terreno. Uns pedem a institucionalização de um estacionamento, alegando a escassez de vagas para veículos na região. Outros buscam a implantação efetiva de uma praça, como o previsto no plano urbanístico da capital. O certo é que os estacionamentos são ilegais, destaca o Correio Braziliense.
Desde 2002, o Correio acompanha a ocupação desordenada das quadras 700 da Asa Norte. De lá pra cá, pouca coisa mudou, à exceção da quantidade de automóveis nas ruas, que só aumenta. Na semana passada, a reportagem percorreu sete áreas voltadas à edificação de praças na Asa Norte e encontrou muita desordem. Apenas duas delas eram compatíveis com as características propostas no início da construção de Brasília. Três pareciam abandonadas e eram usadas de forma indevida para a parada de veículos, enquanto as duas restantes se transformaram em estacionamentos propriamente ditos - asfaltados e com vagas demarcadas.
Temendo que o mesmo aconteça na 715/716 Norte, moradores da região protocolaram, dia 25, pedido ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para que o órgão acompanhe e avalie a situação na quadra. "Fizemos um abaixo-assinado no intuito de que área seja preservada", contou o comerciante Humberto Pellizzaro. Ele é um dos representantes do movimento que pede a construção de uma praça naquela área.
O grupo, de cerca de 30 pessoas, reivindica ainda o cumprimento da destinação da área. "Caso não tenhamos resposta, procuraremos a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Cabe a qualquer cidadão que se sinta lesado em relação ao tombamento denunciar essas práticas no órgão internacional", concluiu. Humberto questiona ainda o fato de na Asa Sul todas as praças terem sido implantadas, diferentemente da Asa Norte.
Obras, só no papel
A Secretaria de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano (Sedhab) confirmou que as sete áreas visitadas pela reportagem do Correio deveriam ser apenas praças. O órgão também afirmou serem irregulares os dois estacionamentos edificados na 709/710 e 707/708 Norte. Representantes da secretaria dizem haver planos para obras que devolveriam aos terrenos a finalidade prevista no Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB). No entanto, moradores e comerciantes pioneiros na região dizem que as irregularidades existem há décadas e já ouviram muitas promessas.
A Administração de Brasília informou, por meio de nota, que há um levantamento em curso para recuperação de todas as praças e todos os parques da Asa Sul e da Asa Norte. Na primeira área, está em fase final, enquanto na segunda área está no início. Adiantou ainda que quando o documento for concluído ele será encaminhado à Secretaria de Obras. No entanto, não há verba garantida para os projetos.
Fonte: Correio Braziliense (DF), 30 de março de 2013

Categoria: Geral


Outras matérias da edição

Você paga duas vezes (27/03/2013)

Enquanto a prefeitura cogita criar estacionamento pago para impedir achaques aos frequentadores da Estação Férrea, os flanelinhas se esbaldam em áreas onde a cobrança é institucionalizada por contrato (...)

Esquecer nheiro do pedágio dá multa (01/04/2013)

Dirigir pelas estradas paulistas sem dinheiro em espécie pode sair muito mais caro do que o pedágio. Desde janeiro, concessionárias não permitem que um veículo passe mais de uma vez por uma praça sem (...)


Seja um associado Sindepark