"Uma fita é a coleta que se faz das partículas de uma maneira automática. Nosso equipamento simula a respiração humana. Ou seja, em 24 horas essa bolinha indica quanto de ar passou, que seria equivalente ao que uma pessoa respirou. Nós respiramos uma grande carga de poluentes", afirma Maria Lúcia Guardani, representante da Companhia Ambiental de São Paulo (Cetesb).
"Isso vai promover envelhecimento precoce do pulmão, bronquite, enfisema, câncer de pulmão e mortalidade cardiovascular. Os bebês vão ter peso menor quando são gestados em ambientes de maior poluição. O risco de aborto é maior. Então, a partícula reproduz em pequena escala o que o cigarro faz em grande escala", compara Paulo Saldiva, médico do laboratório de poluição da Universidade de São Paulo (USP).
Na cidade de São Paulo, quatro mil pessoas morrem a mais por ano vítimas da poluição do ar. Segundo a Organização Mundial da Saúde, em todo o mundo são dois milhões de mortes. São 50 estádios de futebol lotados em dias de clássico.
Fonte: programa Bom Dia Brasil (TV Globo), 5 de maio de 2011