O passeio será feito em ônibus panorâmicos de dois andares, conhecidos como double decker. O serviço é comum em várias cidades do País, da América do Sul e da Europa. Durante o trajeto, um guia de turismo bilíngue vai explicar as características arquitetônicas das construções e a importância histórica de cada uma delas e das regiões onde estão situadas.
A liberdade para definir o tempo dedicado a cada uma das atrações escolhidas é a principal característica do serviço. O ingresso do passeio terá validade de um dia e dará direito de embarque e desembarque em todos os locais definidos no roteiro. Assim, o turista poderá, por exemplo, descer no Pátio do Colégio e aproveitar para fazer outros passeios nas proximidades. Depois, bastará entrar no próximo ônibus e escolher outra atração.
As paradas do passeio vão seguir a ordem Luz, Mercado Municipal, República, Estádio do Pacaembu, Avenida Paulista, Ibirapuera, bairro da Liberdade, Pátio do Colégio e Teatro Municipal. "É um roteiro tradicional, muito procurado por quem vem de fora e vive na cidade. Em cada uma das paradas, o turista tem diversas opções de passeio. São Paulo demorou para ter um city tour. Tem tudo para dar certo", afirma Maria José Giaretta, turismóloga e professora da PUC-SP.
A previsão é de que sete ônibus operem a linha turística. O intervalo entre eles será de uma hora. O percurso dos ônibus ainda não foi definido, mas deverá durar cerca de 3 horas e 20 minutos e a velocidade média será de 15 km/h.
Os turistas aprovam. Pelo menos uma vez por mês, o advogado mineiro Irineu Vieira Bueno Júnior desembarca em São Paulo a trabalho. Conhece pouco a cidade e algumas vezes tentou se programar para visitar alguns pontos turísticos. "Um city tour como esse me interessaria muito. Acho um preço justo para conhecer a cidade mais a fundo e São Paulo tem muitos museus e parques que merecem ser visitados. Já fiz passeios como esse em Barcelona", conta. Um dos locais que ele diz ter vontade de conhecer é o Museu da Língua Portuguesa.
Operação
Em 60 dias, a São Paulo Turismo deve publicar no Diário Oficial da Cidade o edital para escolha da empresa que vai operar o city tour oficial da cidade. Nele, estarão todas as regras de funcionamento do serviço, além de itinerário e especificações dos ônibus, que deverão ser novos e garantir a acessibilidade para portadores de deficiências.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 8 de maio de 2011