Gomide acredita que a cidade de São Paulo não tem mais condições de oferecer coletivamente espaço de trânsito e estacionamento para todos os veículos. "Quando paro meu veículo na rua, estou me apropriando do espaço público. Ao parar o carro do seu cliente, o manobrista revela essa realidade."
O professor de engenharia de transportes da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), José de Oliveira Guerra, também é a favor de medidas que restrinjam o acesso dos veículos em determinadas áreas ou períodos, como pedágio urbano ou rodízio. Mas faz uma ressalva: o transporte público deve ser uma alternativa viável. "Apenas cercear o direito de transitar e estacionar, não é uma medida eficaz", diz Guerra.
Fonte: Valor Econômico (SP), 20 de novembro de 2007