Os flanelinhas com coletes podem ser encontrados em ruas da Barra da Tijuca e da Zona Sul. Adalberto Borges, presidente do Sindicato de Guardadores Autônomos do Rio, entidade cuja logomarca está no colete comprado por um repórter de O Globo, confirmou o comércio das peças, que são dadas aos filiados à entidade. "O sindicato distribui para os trabalhadores que estão com a mensalidade em dia. Tenho 5.800 associados cadastrados, mas apenas 2.500 atuando. Muitos deles abandonaram a atividade ou estão atuando por cooperativas e associações. Há mais de um milhão de "coopergatos" e cooperativas de fachada, que vendem os coletes em qualquer lugar. Virou uma quitanda", disse, acrescentando que a responsabilidade pela fiscalização é da prefeitura.
Segundo o subsecretário municipal de Transportes, Dalny Sucasas, a prefeitura não autoriza a venda de coletes e fiscaliza as irregularidades. A CET-Rio frisa, porém, que a repressão à atuação dos flanelinhas é responsabilidade da PM. O 31º BPM (Barra) e o 19º BPM (Copacabana) informaram que a polícia só pode atuar a partir de denúncias de extorsão ou se houver flagrante.
Fonte: O Globo (RJ), 15 de novembro de 2007